Epidemia do Burnout: será que é uma síndrome contagiosa?

Burnout não é um problema individual. É um problema organizacional e, infelizmente, é contagioso.

A síndrome do burnout não é mais um termo desconhecido, nem na nossa língua e, infelizmente, em nossa rotina. Faça um teste: fale com seus colegas de trabalho ou amigos e pergunte se alguém já teve burnout. Provavelmente terá uma pessoa (ou mais) que trará um relato sobre ter tido a síndrome em algum momento de sua vida. 

Mas, você sabe o que é burnout? Também conhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional, o distúrbio consiste em um alto nível de estresse e exaustão física e mental decorrente de acúmulos de unções, jornadas excessivas ou rotinas desgastantes.

Pesquisas mostram que o Brasil ocupa o 2° lugar no ranking de trabalhadores com burnout.

E justamente pelo burnout estar tão relacionado ao ambiente profissional, a síndrome entrou esse ano para a lista de doenças da Organização Mundial de Saúde (OMS), como CID-11, e é conhecido como um fenômeno ocupacional, ou seja, uma condição diretamente ligada ao trabalho. Estudos com médicos e enfermeiros demonstram que quando uma pessoa em um ambiente de trabalho está experimentando exaustão emocional e burnout, seus colegas também podem sofrer burnout. Portanto, pode ser considerado ´contagioso´. 

Ainda, as mulheres são as principais atingidas pela síndrome, conforme matéria recente da BBC. Alguns dos motivos são:

• Dupla jornada e cuidados intensivos com sua vida profissional e afazeres domésticos

• Exigências desiguais no ambiente profissional

• Desigualdade salarial, ocasionando maior busca por trabalhos secundários ou jornadas excessivas

pandemia reforçou ainda mais esses quadros acima, mas apenas trouxe para discussão um problema que sempre esteve presente, mas que nem sempre teve um olhar cuidadoso por parte das empresas ou da sociedade.

Aqui na Ambidestra, um dos pontos que trabalhamos é o equilíbrio em todas as esferas da vida, dando atenção às dimensões da saúde e bem-estar, uma vez que estar bem física e mentalmente vai além de não ter doenças: é sobre cuidar da sua mente e do seu corpo, dando a eles combustíveis que irão afetar diretamente na sua vida pessoal e profissional. Esse foi o tema da nossa 3a temporada do podcast Ambidestra. Alguns dos rituais que você pode fazer para buscar esse equilíbrio são:

  • Crie uma rotina de meditação, buscando se conectar com seu lado espiritual
  • Cuide da sua saúde física, permitindo-se ter rotinas de exercícios e de um sono de qualidade
  • Cuide de sua saúde financeira e tenha um controle sobre seus gastos e ganhos, uma vez que isso te ajuda a ter tranquilidade e segurança;
  • Busque pelo bem-estar ocupacional, alinhando seus objetivos profissionais com seus propósitos de vida.

Acreditamos também no poder dos líderes serem os modelos de comportamento para  estimular e acelerar uma mudança de cultura nas organizações. Portanto, a consciência deve se iniciar neles. Neste contexto, a Ambev abriu uma posição de Diretoria de Saúde Mental, a Nestlé criou o movimento #MenteEmFoco, que viabiliza ações internas para que seus funcionários tenham acesso a profissionais especializados em aconselhamento e orientação de crises e treinamentos para líderes conquistarem boas condutas com suas equipes. Outra empresa que também investiu na saúde mental de seus colaboradores é a Danone, com programas que incentivam e viabilizam benefícios como apoio psicológico, planos de academias e profissionais de orientação financeira e jurídica. 

E atenção: nem sempre a síndrome está relacionada aos colaboradores que apresentam baixo engajamento. Pelo contrário: o burnout pode ser decorrente de um trabalho que você ama!

De fato, um estudo com mais de 3.700 profissionais da Plasticity Labs demonstrou que os colaboradores movidos pelo propósito são significativamente mais estressados em comparação com aqueles que não são: eles têm menores pontuações com relação a indicadores de em-estar, resiliência e auto eficácia. Ou seja, a sua alta motivação para entregar um projeto significativo, também pode representar um fator de risco.

E você? Sente que sua empresa poderia investir mais em iniciativas de bem-estar dos funcionários e não sabe por onde começar? Conte com a Ambidestra. Que tal incentivar uma jornada de 8 encontros, trabalhando todas as dimensões do bem-estar e promovendo o autocuidado para sua equipe? 

Até a próxima,

Didi e Lili

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