Com um nome nada popular, mas com uma fama cheia de expectativas, a abordagem organizacional que tem nomenclatura vinda do latim é a pura sugestão do exato equilíbrio e vamos te explicar porquê.
A cada ano, nossos desafios no mundo dos negócios se multiplicam. Temos um nível de competitividade cada vez maior e as empresas que não inovarem como forma de gerar diferenciação, dificilmente sobreviverão no mercado. Segundo dados do IBGE, a taxa de sobrevivência das empresas vem diminuindo e quase 50% delas acabam morrendo antes mesmo de completarem 5 anos.
O criador
O marco para o termo “organização ambidestra” nasceu de um artigo publicado por Robert B. Duncan, ainda em 1976, mas foi a publicação de James Gardner March, cientista político, sociólogo e economista, professor da Universidade de Stanford, que em 1991 foi catalisadora para gerar interesse pelo assunto. O conceito se popularizou ainda mais a partir de 2004, pelos também professores da Universidade de Stanford, Charles O´Reilly e Michael Tushman
Enquanto O´Reilly estudava lideranças disruptivas descobriu o que é e como poderia funcionar na prática. O mestre sentia necessidade constante de melhorar processos nas organizações e, a partir daí, também evoluir serviços e produtos que já existiam. Para ele ainda era pouco ficar só no presente, então o professor pensou: “precisamos entender melhor os clientes para antecipar necessidades e inovar.”
A criação e o sucesso na prática
Que os negócios possuem mil engrenagens todos sabemos. Como fazê-los se conectarem com harmonia é o que mais nos desafia. A Ambidestria organizacional sugere que façamos movimentos opostos, complementares e ao mesmo tempo! Sim, você leu certo, tudo junto! Mas vamos partir do básico: exploração e explotação, duas palavras mágicas na Ambidestria.
A exploração se resume na capacidade de olhar e agir de maneira focada, para permitir movimentos de antecipação, inovação e adaptação, que podem ser traduzidos, na prática, em atributos como insight & foresight, inspiração, paixão e tentativa e erro.
Já a explotação tem foco em desenvolver fortes capacidades de planejamento, otimização e controle, resultando em exemplos como formalização e compliance, controle e “monitoramento”, e documentação histórica e experiência.
Um estica e puxa de um exercício disciplinado, contínuo e desafiador, mas que também nos salva de uma cilada muito comum: criar áreas de inovação e negócios inchadas, com muita energia aplicada, esquecendo-se de coisas bem importantes, que já existem, e problemas urgentes que precisam ser olhados.
Mudar para melhor tem um nome: transformar! E como seria para você e para o seu negócio poder transformar, olhando um pouco para dentro e um pouco para fora, sempre, ao mesmo tempo, e tornar isso inabalável?
Se você ainda acha que a ambidestria parece ser uma estratégia arriscada, ignorar sua necessidade para garantir a sobrevivência e crescimento dos negócios pode ser ainda mais. Muitas empresas já estabelecidas podem ser vítimas de seu próprio sucesso, antes que sejam capazes de reagir!
Quer saber quais são os pilares essenciais para colocar a ambidestria em prática? No próximo artigo a gente te explica como.
Aproveite e entenda como uma abordagem estratégica e ambidestra pode ser aplicada ao seu planejamento estratégico. Acesse aqui.