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E se o futuro começasse hoje?
E se o futuro começasse hoje?

Para RH Pra Você

Reserve um momento para dar um passo para o futuro: os melhores talentos escolherão uma empresa por causa do pacote salarial e de benefícios ou porque acreditam em sua missão, confiam em sua liderança e veem um caminho claro para seu crescimento pessoal e profissional? As empresas que ignoram essas mudanças hoje correm o risco de perder relevância – não apenas com os clientes, mas com as próprias pessoas que compõem sua força de trabalho.

É aqui que entra em jogo o método “Future Backward” – uma maneira de pensar que desafia os líderes de RH a pararem de reagir às tendências e começarem a projetar a força de trabalho de amanhã com intenção. Em vez de prever com base nas mudanças incrementais de hoje, ele provoca a pergunta: “Se já estivéssemos no futuro, olhando para trás, o que teríamos feito diferente?”

O conceito de “backcasting” envolve prever um futuro desejado e, em seguida, trabalhar para trás para identificar as etapas necessárias para alcançar esse resultado. Esse método de planejamento estratégico é particularmente eficaz para lidar com mudanças sociais complexas e tem sido aplicado a vários cenários, incluindo transformações da força de trabalho.

A ascensão do trabalho remoto

Uma das mudanças mais significativas da força de trabalho na história recente é a adoção generalizada do trabalho remoto, acelerada pela pandemia do COVID-19. Antes da pandemia, apenas cerca de 6,5% dos trabalhadores do setor privado trabalhavam principalmente em casa. Embora a pandemia tenha acelerado esta prática, alguns indicadores sutis que, se analisados por meio de backcasting, teriam fornecido insights valiosos para as organizações, que poderiam ter imaginado um futuro em que o trabalho remoto é comum e, em seguida, identificado as etapas necessárias para alcançar esse cenário.

Observando as tendências

Os festivais de inovação têm sido espaços muito ricos também para os profissionais das áreas de recursos humanos e o SXSW 2025 não poderia ser diferente. E dedicada para guiar tanto colaboradores quanto empregadores em vários estágios de desenvolvimento de carreira, enfatizando a colaboração para impulsionar a inovação, inspirar o crescimento e se adaptar a ambientes em mudança, a “Workplace Track” apresentou algumas tendências emergentes que chamaram a nossa atenção.

  1. Futuro do trabalho e integração tecnológica: Explorações de como as tecnologias emergentes estão remodelando os ambientes de trabalho, incluindo discussões sobre ferramentas de trabalho remoto, plataformas de colaboração e estratégias de transformação digital.
  2. Saúde mental e bem-estar dos funcionários: Reconhecendo a importância da saúde mental, as sessões abordaram a criação de locais de trabalho que suportem colaboradores, a implementação de programas de bem-estar e recursos para assistência aos funcionários. O tema de neuro divergência ganhou espaço na pauta este ano, em um debate com experts sobre “Como criar ambientes de trabalho que suportam os colaboradores com TDAH e beneficiem a todos” colocando em discussão os desafios enfrentados pelos colaboradores com este transtorno e o que podemos fazer para mudar isso.
  3. De maneira mais ampla, grande parte da conversa girou em torno da IA: Seu papel transformador no local de trabalho, explorando as mudanças culturais e as oportunidades de produtividade decorrentes da colaboração humano-IA e como compreender essas dinâmicas foram temas abordados como algo crucial para os profissionais de RH que desejam integrar perfeitamente a IA em suas organizações.
  4. As interseções em evolução de IA, criatividade e relevância da marca: Como as empresas que redefinem os mercados não estão apenas usando tecnologia – estão construindo culturas onde as pessoas querem ficar, crescer e criar impacto – foi outra tendência observada este ano. Porque não se trata apenas de automação, mas de projetar experiências de trabalho que importam. Ou seja: a guerra por talentos agora é uma guerra por significado.

Evoluindo de observar para modelar tendências

Muitas equipes de RH observam e seguem tendências, mas poucas as moldam. A diferença? Os líderes proativos de RH olham para além das últimas “buzzwords” e se questionam:

  1. Como os novos modelos de negócios estão mudando a maneira como definimos funções e habilidades?
  2. O que podemos aprender com as indústrias que estão nos superando em inovação e agilidade?
  3. Para qual dinâmica da força de trabalho nos arrependeremos futuramente por não termos nos planejado devidamente antes?

Imagine olhar para trás a partir de 2035 e perceber que sua maior oportunidade não estava na otimização das políticas de trabalho híbrido, mas na redefinição do próprio trabalho. E se o RH não apenas se adaptasse à mudança, mas a liderasse – experimentando novas estruturas, incentivos e ecossistemas de talentos antes mesmo que os concorrentes vissem a necessidade?

A hora de agir é agora

Pensar no futuro não significa prever tudo corretamente – significa criar um sistema em que sua estratégia de força de trabalho não esteja se construindo reativamente. O SXSW 2025, sem dúvida, destacou as tecnologias que mudam a forma como trabalhamos, mas o verdadeiro desafio para o RH não é a tecnologia em si – é a cultura, a liderança e o design organizacional que capacitam ou sufocam a inovação. Então, avance rapidamente. É 2035. Sua empresa está prosperando. Suas equipes estão engajadas. Você está atraindo os melhores talentos antes mesmo que seus concorrentes percebam que estão procurando. Olhando para trás, o que você gostaria de ter começado a fazer hoje?


Até a próxima,

Lili e Didi

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