Se queremos promover a inovação e a ambidestria nas organizações precisamos promover a diversidade de ideias, de estilos e de pensamentos. De acordo com estudos, organizações que apostam na diversidade de gênero geram mais inovação e ambientes mais saudáveis e produtivos, e a liderança tem um papel fundamental nisso.
Em nosso episódio #47 do Podcast Ambidestra Joana Adissi, General Manager de Vacinas na Sanofi, e Sarah Bonadio, Head de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Sanofi, compartilham suas experiências e esforços para fazer um ambiente corporativo mais humanizado, promovendo mudanças positivas. Aqui um resumo dos melhores momentos dessa conversa.
A jornada da Humanização
A Sanofi é uma organização global da área da saúde e que já carrega em si inovação, nos últimos anos, o compromisso com a diversidade e inclusão têm sido pauta diária na agenda da cia, e Sarah e Joana contam um pouco dessa jornada e seus desafios em busca de um ambiente cada vez mais diverso, inovador e humanizado.
Sarah nos conta que na área de Consumer Health cuidam para tratar autocuidado de dentro pra fora, conectar cada vez mais pessoas com pensamentos para além de suas “caixinhas”. Segundo ela, é possível que os membros dos times e a própria organização, estabeleçam compromissos reais não apenas com suas operações do dia a dia, mas pensar no que mais pode ser feito e que represente impacto positivo na vida das pessoas.
Joana relembra um pouco sua criação, sempre aberta e livre, e o quão impactante foi em seu processo dentro de grandes corporações, ao perceber a disparidade na equidade de gêneros. Nessa jornada, houve processo profundo e necessário de autoconhecimento, que trouxe ainda mais farol para uma missão que hoje faz parte de seu dia a dia como executiva da organização: promover um ambiente corporativo com relações mais humanizadas e “sentidas”.
ESG e Inovação
A ESG se refere à práticas ambientais, sociais e de governança, e para as empresas, o grande objetivo está na adoção dessas medidas para terem uma operação mais sustentável, consciente e bem gerenciada.
E a inovação no meio disso tudo, onde entra?
As constantes provocações feitas entre os times para pensar futuro, repensar seus papéis e quais impactos trazem ao meio ambiente, sociedade e times é um exercício importante, buscar caminhos para criar um impacto positivo a partir dessa ótica ambiental e sustentável.
“As questões ambientais são globais, o planeta é único para todos nós, pensar no que é feito hoje e colocar uma variável ambiental, pensando no que pode ser feito, provoca ideias inovadoras.”
O engajamento e as causas sustentáveis
Um grande desafio para as organizações ambidestras é ponderar os cuidados com o core business, sem deixar de olhar para o futuro, e quando pensamos em causas sustentáveis, onde seus efeitos são muito mais de longo prazo, o desafio é o mesmo.
Sarah conta sobre um primeiro caminho para garantir o engajamento dos times, foi o de aproximar as pessoas ao tema de ESG. Todas as iniciativas da organização foram mapeadas, trazendo uma clareza de tudo que está sendo feito. Squads foram estruturados, com guardiões das iniciativas por pilares ESG, times dedicados acompanhando métricas e traçaram KPI´s pensando no futuro de cada uma das ações. De forma natural, perfis intraempreendedores foram surgindo entre os grupos, contribuindo com ideias e novas soluções.
“As pessoas precisam entender que é um caminho sem volta, caso contrário, a organização passa a não se tornar mais sustentável. Além disso, o envolvimento da liderança é essencial, ela precisa estar engajada e imprimir credibilidade, implementando ações com o olhar para a diversidade e inclusão.”
O papel da liderança humanizada
Durante o período da pandemia, muitos líderes passaram a repensar a importância de seus papéis dentro das organizações, saindo de um lugar focado apenas na busca por resultados, e indo para uma abordagem que valoriza empatia, compreensão, cuidado e respeito com os membros das equipes, buscando cada vez mais criar ambientes de trabalho mais inclusivos, colaborativos e saudáveis.
Joana reforça a importância de engajamento da liderança nesse processo de humanização no ambiente corporativo, e vai além, para ela o líder necessita assumir esse protagonismo de verdade. Ele precisa ser exemplo nesse movimento, caso contrário ele morre.
Ela ainda reforça que com os avanços de tecnologia, e a chegada da IA generativa, torna-se ainda mais latente a necessidade do humano, do sentir, do conectar. Segundo Joana, ainda há um longo caminho a ser percorrido, e o líder que não está se conectando com essa nova realidade e buscando mais humanização nas relações, deixará de existir.
Equilíbrio das energias masculina e feminina
Nesse episódio exploramos a necessidade do equilíbrio entre as energias do masculino e do feminino para que isso seja possível. Esse é um conceito que nós da Ambidestra incorporamos em nossa metodologia de ambidestria organizacional.
De um lado as energias masculinas com uma relação mais próxima da ordem, direção, foco, disciplina, e do lado feminino vulnerabilidade, empatia, gentileza, abertura. Acreditamos num novo modelo de gestão que respeita esse equilíbrio e foca no resultado e no lado humano, ao mesmo tempo.
Segundo Joana, não adianta termos foco em produtividade e grande poder de ação, se nos faltar empatia e criatividade.
“É importante que todos tenham o entendimento de que as energias masculinas e femininas estão presentes em todos nós, homens e mulheres. E por isso, a consciência do equilíbrio dessas energias deve ser percebida por todos.”
Que tal conferir o episódio na íntegra? Basta clicar aqui.
Até a próxima,
Didi e Lili