No Dia Mundial da Felicidade, hoje 20 de março, somos convidados a refletir sobre a essência do bem-estar não apenas em nossas próprias vidas, mas também no contexto profissional. Este é um momento oportuno para examinar de perto os números e as métricas que nos ajudam a compreender o estado emocional e a satisfação dos colaboradores no ambiente de trabalho.
Afinal, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Center for Positive Organizational Scholarship da Universidade da Califórnia, colaboradores felizes são, em média, 31% mais produtivos, 3 vezes mais criativos, e quando atuam com vendas, conseguem resultados 37% melhores dos que os profissionais desmotivados.
O FIB (Felicidade Interna Bruta) para Empresas, é um indicador poderoso que pode contribuir muito para análise e entendimento do que deve ser priorizado dentro de uma organização. Ele é composto por nove dimensões essenciais:
- BEM- ESTAR PSICOLÓGICO: Estado mental positivo e saudável, incluindo emoções positivas, satisfação com a vida e resiliência emocional.
- SAÚDE: Envolve não apenas a ausência de doenças, mas também o bem-estar físico e mental, incluindo hábitos saudáveis de vida e acesso a cuidados de saúde.
- USO DO TEMPO: Envolve a qualidade e o equilíbrio entre o tempo dedicado ao trabalho, à família, ao lazer e ao desenvolvimento pessoal, promovendo uma vida equilibrada e satisfatória.
- GOVERNANÇA: Envolve a transparência, a responsabilidade, a participação democrática e a eficácia das organizações, promovendo a justiça e a equidade social.
- MEIO AMBIENTE: Envolve a preservação e a sustentabilidade do meio ambiente, promovendo uma relação harmoniosa e equilibrada com a natureza.
- PADRÃO DE VIDA: Refere-se ao acesso a recursos materiais e financeiros que garantam uma vida digna e confortável, promovendo a segurança e o bem-estar material.
- VITALIDADE COMUNITÁRIA: Refere-se à coesão social, à solidariedade e à participação ativa na vida comunitária, promovendo um senso de pertencimento e de apoio mútuo.
- EDUCAÇÃO: Acesso a oportunidades educacionais e ao desenvolvimento de habilidades que promovam o crescimento pessoal e profissional.
- CULTURA: Refere-se à preservação e promoção da diversidade cultural, bem como à capacidade de adaptação e resiliência diante de mudanças e desafios.
Medindo as 9 dimensões, as empresas conseguem ter insights relevantes sobre o panorama emocional dentro das organizações. Uma recente pesquisa realizada pela FairJob envolvendo 2150 colaboradores de diversos setores revelou um FIB médio de 63% (sendo que o grade B, entre 60-80, um grade considerado bom). No entanto, ao examinar esses números com mais detalhes, percebemos disparidades importantes que merecem nossa atenção e ação imediata.
Por exemplo, observamos que o FIB varia entre gêneros e grupos étnicos. Enquanto os homens registram um FIB de 66,3%, as mulheres marcam 62,6%, e os demais gêneros atingem 58%. Além disso, as disparidades raciais também são evidentes: os indivíduos pretos e pardos apresentam um FIB de 60,3%, enquanto os indígenas registram apenas 47,7%. Esses números nos desafiam a repensar não apenas nossas estratégias de bem-estar no trabalho, mas também a criar ambientes mais inclusivos e equitativos.
A @Fairjob, especialistas em FIB, aponta para fatores mais profundos que impulsionam o contentamento psicológico, como propósito, reconhecimento, realização e pertencimento. É fundamental compreender que esses elementos transcendem a esfera financeira, destacando a importância de criar um ambiente de trabalho que promova conexão, desafio, senso de justiça, empoderamento e inspiração.
A promoção de felicidade em ambiente corporativo se traduz por uma busca de bem estar em como a empresa pode contribuir para trazer níveis similares de FIB para cada um dos grupos de colaboradores, seja por gênero, raça, orientação sexual ou nível hierárquico; e na linha tempo, em como promover a melhoria contínua.
Vale refletirmos sobre como estamos evoluindo na nossa relação com o trabalho nesses últimos tempos. As gerações mais antigas lutaram incansavelmente por sobrevivência e estabilidade financeira, enquanto as gerações atuais buscam por qualidade de vida, propósito e significado em suas carreiras. Os líderes dos novos tempos precisam criar um ambiente onde esses valores sejam não apenas reconhecidos, mas também cultivados.
Que tal reavaliar suas políticas e práticas internas? Priorizando não apenas a produtividade, mas também o bem-estar e a felicidade de seus colaboradores? Afinal, ao investir na felicidade da equipe, é possível não apenas garantir um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, mas também construir relacionamentos sólidos e duradouros que impulsionam o crescimento, além de criar uma cultura de sucesso sustentável e significativo.É isso que acreditamos e fazemos aqui na Ambidestra :).Que tal aproveitar e dar o play na 3a Temporada do Podcast Ambidestra, onde falamos sobre as 9 dimensões do Bem-Estar? Clica aqui