Muito se fala sobre o burnout, uma síndrome que foi incorporada à lista de doenças ocupacionais que são reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas nem todos têm noção de seu impacto não só na vida profissional como também na pessoal. Além disso, o burnout é uma síndrome silenciosa, dificilmente identificada do seu início: a maioria das pessoas só a notam quando chegam em seu limite físico e psicológico.
Uma pesquisa feita pela faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP) em 2021 apontou que cerca de 18% dos brasileiros sofrem ou sofreram da síndrome de burnout, sendo que a maioria deles têm menos de 30 anos. Já de acordo com o International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país com mais casos de burnout no mundo, perdendo apenas para o Japão.
Entre os sintomas mais comuns, podemos notar: fadiga, irritabilidade, palpitações, problemas gastrointestinais entre outros.
O burnout causa também um impacto muito grande na sociabilidade das pessoas, fazendo com que elas tenham muita dificuldade em terem trocas pessoais e profissionais com outros de seu convívio, dificultando conexões e levando até à decisões impulsivas que podem colocar em cheque suas carreiras e relacionamentos.
Renata Lamarco, diretora de marketing da Bloomin’ Brands, e cliente Ambidestra, relata em matéria da Forbes como mudou seus hábitos para ter uma rotina mais saudável:
“Eu já era gerente de uma marca muito grande com 25 anos. Era muita responsabilidade com pouca maturidade. Comecei a ter falta de ar, palpitação, quase desmaiei e tive falhas de memória. Hoje, vou embora do trabalho todos os dias às 18h30, sim ou sim, porque senão eu não fico com os meus filhos”.
Nos últimos anos muitas empresas têm implementado benefícios que auxiliam na saúde física e mental, como acesso a aplicativos e programas de bem-estar físico, auxílio psicológico e iniciativas internas que visam o desenvolvimento profissional e pessoal de maneira mais saudável.
Um exemplo é a Heineken que criou uma plataforma interna chamada “Heineken Cuida”, onde seus colaboradores têm fácil acesso à profissionais de saúde mental, além de conteúdos mensais sobre bem-estar psicológico e treinamento para lideranças. A Amazon também tem uma iniciativa voltada à saúde mental com um programa chamado AmaZen, que são cabines instaladas nos centros de distribuição onde os funcionários podem meditar, se acalmarem, trabalharem o foco e relaxarem.
Outra tendência no mercado são os “cargos da felicidade”, também conhecido como CHO (Chief Happiness Officer), onde um profissional é responsável por estruturar um plano de felicidade corporativo, com o objetivo de trazer um ambiente com mais crescimento, propósito e satisfação, contribuindo para a retenção e desenvolvimento dos colaboradores. Corporações como o Google, Airbnb e outras 4 mil empresas também apostam nessa estratégia corporativa e possuem CHOs e CCOs para desenharem estratégias de felicidade para suas equipes.
A tecnologia tem permitido maior dinamismo em nossas rotinas, possibilitando ações que não eram tão comuns anos atrás. Você pode estudar enquanto se exercita, fazer uma call enquanto prepara as refeições dos filhos, trabalhar em um projeto pessoal na hora do almoço ou após o expediente. Além disso, somos constantemente incentivados a conhecer coisas novas, a criar, a sempre estar em movimento e a ter nosso valor atrelado às nossas entregas.
Explorar nossas habilidades e otimizar nosso tempo é algo positivo, mas, qual é o limite para a produtividade para que ela não seja tóxica? Frases como “trabalhe enquanto eles descansam” são tipicamente vistas em artigos e posts motivacionais e cada vez mais é comum encontrar pessoas que relatam trabalhar, estudar e se dedicar aos seus projetos quase que de maneira integral, sacrificando outras áreas de suas vidas. É sim importante ampliar os horizontes mas estar ocupado o tempo todo e se obrigar a ser produtivo pode causar um desgaste mental muito grande e, ao invés de te ajudar a alcançar mais rápido seus objetivos, pode ter o efeito contrário, pois uma mente cansada e um corpo doente não têm a mesma performance de mente e corpos saudáveis.
Entendendo esse contexto, trouxemos esse tema para a 3a temporada do podcast Ambidestra e depois levamos esses conteúdos para as organizações. No programa “Jornada do Bem-Estar” trazemos as 8 dimensões do bem-estar: físico, emocional, intelectual, social, ambiental, financeiro, vocacional e espiritual, para dentro do dia a dia dos líderes e times. Através de uma curadoria de conteúdos e praticas poderosas, realizado em parceria com experts de cada tema, provocamos reflexão e ação em cada dimensão, para fazer a mudança acontecer.
Acreditamos que um indivíduo saudável depende de uma análise da saúde integral, que envolve ter todos esses pontos em equilíbrio com a rotina e objetivos pessoais e profissionais. E ter esses pontos em harmonia pode proporcionar uma vida mais prática, eficaz, saudável, organizada e produtiva.
Para te ajudar a dar o primeiro passo criamos também um e-book com rituais de bem-estar que te ajudam a refletir sobre os diferentes pontos da vida que impactam na sua rotina pessoal e profissional.
Baixe o material completo aqui e comece hoje mesmo a sua jornada para uma vida mais saudável e equilibrada.